quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Se vira...

(I really need to write in my Muttersprache! I miss my sonorous and sweet Brazilian Portuguese!)

Eu tive que voltar a escrever em português pois algumas coisas só soam engraçadas na nossa própria língua (também porque fico com preguiça de escrever em inglês, como vocês viram).

Novidades? Tantas que nem sei por onde começar, ok, sei.


Terça-feira tive meu primeiro, e se tudo der certo, último exame do mestrado, era uma prova com 6 perguntas, 2 de cada foco, deveríamos escolher uma de cada e responder em 90 minutos. O formato da resposta era dissertação-argumentativa, felizmente algo que cansamos de fazer na faculdade de Letras e nos vestibulares. Acho que neste ponto eu tive uma vantagem, normalmente eu estruturo respostas neste formato: introdução, desenvolvimento e conclusão. Então, espero que os professores concordem com as minha ideias.

Spring-break começou hoje, mas nem por isso significam férias, tenho dois trabalhos para entregar, um usei a malandragem Fefelechiana e vou fazer análise de filme e o outro vai ser um desafio maior, vamos ver como sai.

O outro ponto é o Se vira nos (quase) trinta! Ainda tenho 395 dias até lá, mas já começo a rever o que quero para o meu futuro. O fato é que sou a personificação da música do Zeca Pagodinho, aos trancos e barrancos a gente leva, apesar de ter vontades de coisas que quero fazer, eu vou meio com o que aparece, sugestões, ideias e muitos "por que não?"
Uma amiga aqui falou que tenho bastante experiência profissional e bem diversa, e que isso é bom. Bom para experimentar novas áreas. Pode ser. O fato é que já tentei ser "adulta" e falhei miseravelmente, declarei imposto de renda errado, estraguei roupas ao tentar lavar, sou dependente demais do meu círculo (familía e amigos).
Mas estou tentando novamente e dessa vez bem longe, apoio só pelo Skype e mensagens lindas nas minhas redes sociais!
Coisas engraçadíssimas estão acontecendo, daquelas que você chora, mas sabe que daqui alguns anos vai rir delas, eu estou tentando rir já!

look pescadora


Vamos aos itens que eu tenho que dominar para adentrar o "mundo adulto" ainda que tardiamente:

- Lavar a própria roupa (tentando não estragar muito) = Feito
- Alimentar-se saudavelmente = quase (minha casa atual só tem o topo do fogão, basicamente me alimento de ovos = omelete e cozidos, saladas, pão, yogurt e frutas, mas no bandejão só salada e proteína)
- Seguir a agenda de compromissos = quase
- Manter o quarto/casa limpa = Feito (mas não é muito divertido ter 3 roommates, entre eles um cara de dezenove anos)
- Cuidar da minha própria saúde = Quase (não é apenas comer direito, é não esquecer o guarda-chuva, usar roupas quentes, tomar uma vitamina quando precisar. Mas é bem difícil ficar doente sozinha, parece pior)

Coisas que estou aprendendo / saudades:

- Valorizar o sol/calor ( não gosto do fato do sol nascer às 8h e se pôr às 16h, ainda bem que o dia já está ficando mais longo)
- Amigos
- Como somos carinhosos e atenciosos (hoje uma americana expressou sua felicidade pelo fato de eu ser brasileira, sempre bem humorada e disposta)
- Saudades dos meus encontros do Couchsurfing onde eu demorava 30 minutos para me despedir das pessoas, aqui é assim, falou tchau, as pessoas nem esboçam reação.
- Atividades gratuitas (não existe nada, ou pelo menos quase nada, de graça aqui, quer fazer xixi? Tem que pagar, até na balada/mcdonalds tem uma mulher com paninho e um pratinho onde você tem que deixar umas moedinhas, basicamente só parques são de graça, se algum dos meus experts em Alemanha souberem de atividades para o povão, favor escrever aqui!)
- Perrengue é foda, mas te ajuda a amadurecer que é uma beleza.
- Europeus não sabem quem foi Carmen Miranda, não sabem! Estou generalizando, mas acho que faz sentido, eles acham que o Minion com frutas na cabeça é só uma criação original! Felizmente americanos sabem que ela foi.
- Enquanto na América do Sul falamos em Países em Desenvolvimento, para eles somos terceiro mundo e estamos todos no mesmo pacote, aparentemente é por culpa da escravidão, que eles insistem ser uma criação dos países pobres.
- Que você só percebe de onde vem, quando não está mais lá. Claro que odeio um monte de coisa do meu país, da América Latina, mas descobri que somos muito mais fodas do que imaginamos, jogo de cintura é só uma das coisas que me orgulho de ter (para dançar e para viver!)

Viva as cores, a alegria!

O caminho é longo, imagem inspiracional do jardim do castelo de Heidelberg...




2 comentários:

Lily disse...

Você é uma fofa, Juminako! Estou adorando acompanhar sua estadia na Alemanha! ;*

isabela.alebasi disse...

Ju! Carmen Miranda, descobrimos que eles não sabem mesmo! Mas que papo é esse da escravidão!!!! Me fala quem falou isso???

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